
Enquanto muitos fotógrafos de documentário estão ocupados em retratar a violência, conflitos armados, situações de pobreza e desastres; há outros, como Yvonne Venegas que decidem apontar suas câmeras em direções menos óbvias.
Desde que começou a fotografar em Tijuana, onde nasceu, seu foco principal tem sido retratar as classes privilegiadas do México, desde lindas noivas até famílias milionárias, mas sempre de uma forma humana, dando ao espectador a oportunidade de ter seu próprio julgamento.
Em 2006 convidaram Yvonne para fazer um projeto de arte na Televisa. Sim, na Televisa, tirando fotos durante a gravação da novela Rebelde e do grupo RBD. A princípio, isso soa praticamente impossível, mas Yvonne conseguiu fazer um incrível documentário, encontrando um lado humano dentro da… Televisa.
Embora seu último projeto María Elvia de Hank (esposa de Jorge Hank Rhon), foi publicado pela editora RM e com isso conquistou o prestigioso prêmio Magnum Expression, Venegas não encontrou uma editora para este projeto sobre RBD, intitulado Inédito. Por meio do site Kickstarter.com, está tijuanense busca financiar este livro, do qual lhes trazemos uma pouquinho do projeto e ver se assim animam-se a colaborar.
Como foi o processo para efetuar seu projeto Inédito?
Fundação Televisa me convidou em 2006, depois de ver “Las novias más hermosas de Baja California”, um trabalho que fiz em Tijuana. Era um projeto sobre a classe média alta tijuanense o qual acharam similar as novelas, devido a situação ou aparência. Depois de um tempo, me convidaram para fotografar novelas e me deram acesso a de Pedro Damián. Isso resultou ser mega interessante para mim, pois justo nesse momento estava me acostumando a fama que Julieta começou a adquirir desde 2003 e 2004 com seu primeiro disco pop. Para mim foi um projeto bastante pessoal e não foi como os outros que arranca a partir de um processo onde começou a escrever e duram quatro anos.O que procurou fotografar em Inédito?
Este durou meio ano, porém pude estar em situações em que já vinha um tempo refletindo sobre questões como a fama, os espectadores ou a maneira em que as pessoas olham as pessoas quando são famosas. O plano era publicar o livro com uma editora francesa que se chama Toluca e quando terminei, passaram-se os meses e o editor me disse que não lhe respondiam e em verdade não sabia o que estava acontecendo. Ele saiu do projeto e o jeito era procurar outra editora, mais nesse momento comecei uma classe em San Diego, naquele período deixei as coisas com a Fundação Televisa e com o tempo nada aconteceu e o projeto ficou no limbo.
Eu fotografei os últimos meses de gravação da novela Rebelde, além disso, acompanhei o grupo RBD em oito ou nove viagens à distintas partes dos Estados Unidos. Sempre me interessei pelo por trás das câmeras, tudo que acontece quando a câmera oficial se apaga. Literalmente, neste instante, quando as câmeras eram desligadas, eu fotografava; quando os atores estavam esperando, descansando ou toda esta vida paralela que acontece e se vê na televisão, que é algo menos glamuroso do que todos pensam. Há pessoas cansadas, irritadas e coisas que rompe essa imagem que temos de uma construção perfeita e maquiado como as que Televisa produz, e por de trás disso há pessoas reais. Eu sempre gostei de me aproximar dessas situações com minha câmera, inclusive das câmeras oficias como parte do meu enquadro.Nas maiorias das fotos também tem uma tensão de classes sociais.
Sim, é algo que ocorre neste projeto particular. Foi a primeira vez que nas minhas fotos apareceu outra classe social, pois eu havia fotografado a classe média alta e em Inédito é visto uma combinação que não havia fotografado, como o mexicano, que é esta tela social construída por diferentes origens. Por exemplo, as garotas mexicanas que vivem nos Estados Unidos, querem se vestir como Anahí e seguir os exemplos que esses modelos dão e que não tem nada a ver com o que realmente é o mexicano ou como se veem os mexicanos. Faz muito tempo, tinha uma fascinação por entrar na Televisa e fazer um projeto ali, porque é um mundo muito fechado, quando caminha ali, ver essas garotas super arrumadas preparadas para a câmera e ao mesmo tempo, ao público ou as pessoas que trabalham ali. São mundos diferentes.Busca fazer uma crítica de tudo isso?
Eu manejo uma linha bem ténue entre um projeto do autor e a crítica, coisa que se torna muito sutil.A moçada de Rebelde ficaram felizes com o projeto?
Sim, eles, Pedro Damiám, os seis protagonistas do livro estão felizes.O que está acontecendo com a questão da publicação?
Tenho que reunir fundos, ou seja, o plano é conseguir dinheiro. Com a editora anterior com a que estava conversando, havia cogitado procurar com marcas, mas talvez não lhes interesse o livro porque já passaram alguns anos desde que acabou.E quando é a data limite para conseguir o dinheiro?
Encontrei esta página, Kickstarter.com, por meio de um e-mail que uma moça que procurava publicar seu livro. No meu caso, Televisa não quis publicá-lo, assim que agora estou armando uma exposição para o Garrillo Gil em setembro, surge esta emergência minha de querer publicar o livro agora, então o levei ao INBA, porém disseram que não.
A data que está indicada em Kickstarter é dia 31 de maio, mas será até as 11h da manhã, hora que subi a página. Te dão 30 dias exatos, então, o 30 é meu encerramento. Se passar da meta, nada acontece, mas se não chega, nada recebe e ninguém é cobrado. Contribuem! [risos]:: Créditos: Vice.com
:: Tradução: RBDForever








17:47
Juli
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